Amor e Morte - Quando a Hipocrisia Esconde a Vida Real

Por Remoto Controle -Jessé Costa em 07/07/2023
Amor e Morte - Quando a Hipocrisia Esconde a Vida Real

Com certeza figura entre os maiores clichês dizer que “a vida é cheia de altos e baixos” ou que “sem os problemas a vida seria sem graça”, como forma de incentivar as pessoas a enfrentar seus problemas. Essas frases também podem ser encaradas como uma tentativa de autoajuda dos seres humanos para entender sua contradição de buscar simultaneamente paz e aventura para bem viver.

Em “Amor e Morte”, minissérie da HBO, a existência morna de Candy Montgomery, uma religiosa e dona de casa, moradora de uma pequena e pacata cidade americana (caraca! Tudo acontece “numa pequena e pacata cidade americana...”) vira de cabeça para baixo quando resolve colocar em prática essa busca por algo diferente e altera o destino da sua vida considerada hipócrita e medíocre. O problema é que para realizar o seu desejo ela vai deslocar muita gente de sua comunidade do eixo hipocrisia-mediocridade, sem que elas tivessem pedido por isso e, em mais uma contradição humana, tem gente disposta a pegar num machado para que essa vida chata, mas estável, não seja abalada.

 

Lógico que ninguém defende a traição como solução de qualquer aspecto da vida, mas quando a religiosidade e outras estruturas criam uma casca de falsidade tão espessa que impede que os problemas sejam tratados é preciso se preocupar afinal, como a chamada da série diz: “Nem Todos os Sonhos Têm Um Final Feliz”.

OBS: Impossível deixar de destacar as atuações excelente de Elizabeth Olsen no papel de Candy Montgomery e Jesse Plemons como Allan Gore.

Comentários

  • A resenha me instigou a assistir esta série...!!
    Salete
    07/07/2023
Aguarde..