Amor não é Negócio

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Quem falou que amor é negócio
E se tem que usar palavras formais?
Amar é se dar atenciosamente,
Cordialmente, sem mais.
Amar é chamar de benzinho,
Docinho, bichinho
E tantos outros diminutivos
Que fazem o amor crescer mais e mais.
É não querer ser parnasiano
E buscar o verso dourado
Para dizer-se apaixonado.
Amar é escrever bilhete,
Poucas palavras muito pensadas.
Escritas erradas, rabiscadas
Nas primeiras horas da madrugada.
Então se amor não é negócio,
Eu diria que é o ócio:
Ocupar-se com coisa gostosa:
Deitar na rede, tomar banho junto,
Olhar nos olhos, leitura silenciosa.
Ver tv, dividir o sofá
Mudar de canal, assistir o jornal
Dar beijo na boca no comercial.
Tomar suco ou caipirinha
Fazer a receita da Palmirinha.
Ser  inspiração nas horas vagas
E ser poeta todas as horas
Para escrever palavras simples
Como estas que escrevo agora:
Vejo a sua fotografia
E sinto que te amo a cada dia!

                                                Do eternamente seu...
Eu.