Audio do Texto:
Eu devoro a maçã verde
Não espero ficar madura
E cada vez que cravo-lhe os dentes
Sinto na boca a sua doçura.
Sou poeta em desalinho
Alinhavando a tua beleza
Tirando fotos com olhos atrevidos
Revelando teus ângulos escondidos.
Somente olhos apaixonados
São capazes de andar de braços dados,
Mesmo quando adormecidos
Pois sempre sonham acordados.
Minha palavra te despe o corpo
Meu silêncio te despe a alma
E num frenesi de angústia e calma
Deixo-me arrebatar pelos teus lábios.
Mais uma vez provo a maçã
E nessa volúpia que não me cabe
Você nada diz e tudo sabe.
Acolhe minha poesia cortesã,
Abrasa-lhe até virar chama
E eu espero na porta do tempo
Um tempo de entrar em teu quarto
E te amar em tua cama.
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