Até que ponto somos capazes de nos sacrificar por alguém? Qual o limite do perdão?
Se no texto anterior, 7 Prisioneiros: Uma Metáfora de Todos Nós, falamos sobre um sistema invisível que nos empurra a revelar o pior de nós, em “Imperdoável”, disponível na Netflix, o foco é justamente a capacidade da sociedade de resisti-lo, ou seja, o outro lado da moeda.
No atual estágio de intolerância da sociedade, em que “todo mundo (está) crente que está certo o tempo todo e o contraditório é só a sua opinião”, como diz a música “Inocentes” de Lulu Santos e Melim, em que a falta de empatia nos impede de parar para ouvir o que o outro tem a dizer, refletir sobre o perdão à uma mulher condenada por assassinato, sobre dar uma segunda chance a quem não vê mais esperança, é lançar um olhar sobre as oportunidades que se apresentam para que, com ações individuais ou coletivas, simples ou complexas, com decisões fáceis ou difíceis, possamos resistir em nos tornar duros e perder a ternura.
Com boas atuações de Sandra Bullock, Vincent D'Onofrio e Viola Davis “Imperdoável” é um bom filme para se iniciar 2022.
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