A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a dependência química como uma doença crônica, progressiva, ou seja, que piora com o passar do tempo, primária, que gera outras doenças e fatal. A dependência química é um transtorno mental e comportamental devido ao uso de substâncias psicoativas, caracterizado por um grupo de sinais e sintomas. Entenda-se por substância psicoativa “qualquer tipo de droga, que tem a finalidade de ser usada para produzir alterações no sistema nervoso cerebral e gerar alterações nas sensações, consciência ou estado emocional, de forma que seja intencional ou não”.
A origem da palavra droga vem do holandês antigo, que significa folha seca. E segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), droga é toda substância que, pela sua natureza química, afeta a estrutura e funcionamento do organismo.
As drogas, do ponto de vista legal, podem ser: lícitas e ilícitas.
Alguns dos critérios que evidenciam a dependência:
A partir de tais critérios chegamos as características do dependente químico:
Os motivos pelos quais alguém experimenta a droga, podem ser diversos. Mas certamente não é o mesmo motivo pelo qual alguém se mantém no uso, evoluindo para o abuso. É muito possível, que principalmente as drogas lícitas sejam reconhecidas e aceitas como recreação, status, mas a bem da verdade para alguém que tenha pré-disposição à dependência química essa diversão pode transformar-se num labirinto muito bem arquitetado de modo que a saída não seja encontrada sem ajuda.
Os efeitos das drogas sejam elas lícitas ou ilícitas são extremamente sedutores, pois muitas vezes fazem esquecer (ainda que temporariamente) um problema, causam sensações de sensibilidade, falsa ideia de criatividade e tantas outras que por sua vez, não se mantém presentes com o uso recorrente; logo a sedução se transforma em armadilha e o usuário não mais escolhe o que e quando fazer uso pois, a necessidade de livrar-se dos sintomas da abstinência é muito maior do que o desejo de uso. E se até aqui, ainda se acreditava na administração do uso, o autoengano a partir de então fica evidente. O que era recreação não traz mais diversão, será que não é hora de reconhecer que ser autossuficiente é mais um obstáculo a sair do labirinto da dependência?!
A dependência química é também uma doença familiar, porque se quem abusa de uma substância psicoativa pode tornar-se um dependente, a família, os amigos, os responsáveis, aqueles que convivem tornam-se codependentes. O codependente é afetado pelo comportamento do dependente, que passa então a querer controlá-lo como forma de ajuda. No entanto, essa dedicação ao dependente faz com que se anule em detrimento do outro.
O que é saudável? Essa é uma boa pergunta e uma boa discussão.
O que é droga, quais os malefícios? Essas são perguntas que o texto de hoje trouxe definições. Mas para se fazer escolhas, nada mais justo e que tal dizer, nada mais coerente do que conhecer o caminho novo. Portanto, se a dependência química é um caminho que aprisiona, que coleciona reféns, está faltando o desejo em descobrir o que há do lado de fora da prisão; sim dá trabalho, mas é trabalhoso conviver com qualquer vício que seja.
Bom, esse é um assunto muito amplo, com características relevantes nesta linha tênue do uso ao abuso, no entanto espero que os esclarecimentos contidos nesse texto possam minimamente despertar em cada um o interesse à orientação, prevenção e também atenção ao que acontece ao redor de cada um, as armadilhas que possam estar no caminho.
Adoecer por opção não é uma escolha inteligente, permanecer doente limita o contato com os prazeres da vida, portanto buscar ajuda ao menos para tornar mais claro para si o que está acontecendo é um bom começo.
Que possamos nos encontrar por aqui no próximo mês.
Até lá!