Plástico
O futuro é lindo como um pássaro sem asa
O nosso futuro será lindo como um arco-íris
Que se forma na poça de uma água suja de óleo
O futuro é um jovem maníaco viciado em videogames
O futuro já foi e ainda continua sendo
O futuro é uma criança com medo de nós
Música: Edgar/Pupillo/Mauricio Fleury
A dica desse mês é para aqueles que pensam que “desenho animado” é coisa de criança. “LOVE DEATH + ROBOTS” é uma série de animação, disponibilizada pela Netflix, que aborda temas que não são novos no mundo cinematográfico: o relacionamento sentimental entre seres humanos e máquinas, fim do mundo, futuro apocalíptico e o domínio da tecnologia sobre a humanidade (“A.I. - Inteligência Artificial”, “O Homem Bicentenário” e a franquia “O exterminador do Futuro”), mas com uma diversidade de visões mais ampla, envolvendo ainda política, poder, humor, se aproximando do bizarro, e com maior estímulo à criatividade dos produtores, já que os 18 episódios da primeira temporada e 8 da segunda, são independentes entre si, com duração máxima de 18 minutos, o que facilita a utilização das mais variadas técnicas, algumas delas com realismo impressionante, que chega a ser difícil acreditar que se trata de animação.
Sem querer dar spoiler, quero destacar o episódio “O Gigante Afogado”, uma metáfora, com linguagem quase poética, sobre a deterioração do ser humano, não só física, mas principalmente de seus valores, da sensibilidade e da empatia. Será que é por isso que ainda tem gente que não se choca com as 500 mil mortes que “comemoramos” essa semana?
Tenho certeza, que depois de “LOVE DEATH + ROBOTS” ninguém mais vai assistir um “desenho animado” da mesma forma que assistia antes.
Trailer primeira temporada:
https://www.youtube.com/watch?v=wUFwunMKa4E
https://www.youtube.com/watch?v=Gj2iCJkp6Ko
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