Uma das boas coisas que as plataformas de filmes online nos trouxeram é a possibilidade de acesso a produções de fora do principal eixo cinematográfico, claramente o americano, e em consequência disso, conhecermos a histórias como a contada em “Narvik”. O filme norueguês, disponibilizado pela Netflix, tem como pano de fundo uma batalha real ocorrida na segunda guerra mundial, que ficou conhecida como a primeira derrota de Hitler.
Se as guerras podem ser classificadas como as piores ações humanas, agir com neutralidade em momentos historicamente decisivos também não garante resultados melhores! A Noruega, em plena guerra, durante a ascensão do nazismo, fez opção pela neutralidade, mas isso não impediu que a Alemanha, interessada no principal porto de embarque de minério de ferro, violasse sua decisão e ocupasse Narvik. Como não estava preparada para essa situação, a cidade foi tomada praticamente sem oposição e sua população, sem comando, teve que conviver com um inimigo inesperado. Todo o sofrimento, indecisões e angustias são concentrados pelo diretor na família Tofte (Gunnar, sua esposa Ingrid e seu filho, Ole), envolvida com a tardia resistência armada e no relacionamento com a burocracia nazista.
Mas por que essa história só foi contada agora por uma produção norueguesa? Talvez porque as grandes potencias, Grã-Bretanha e a França, não tiveram um papel tão heroico como se costuma contar nas versões oficiais da história.
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