Síndrome de Burnout é a Síndrome do Esgotamento Profissional, o termo vem do inglês, criado em 1974 por um psicanalista americano. A Síndrome pode afetar o profissional de qualquer área, no entanto os mais propícios a desenvolvê-la são os workaholics (compulsivos por trabalho).
Exaustão Mental e Esgotamento Físico são os principais sinais da doença, muito embora não sejam os únicos; sintomas físicos e emocionais complementam os indícios da doença, tais quais: sudorese, fadiga, problemas gastrointestinais, pressão alta, arritmia, dores musculares, perda de apetite, oscilações de humor, falha na memória, falta de concentração, alteração do sono, falta de criatividade.
Com a FASE VERMELHA instalada no Estado, o fechamento de parques, bares, restaurantes, academias, museus, teatros, cinemas, tornam bem limitadas as opções para o profissional desligar-se do trabalho; é preciso criatividade e bastante disciplina para alternar a rotina profissional com a rotina pessoal. Além do mais, com a redução na jornada de trabalho em diversas áreas, bem como o impedimento ao exercício de algumas áreas, o medo do desemprego tem feito parte do cenário atual. E assim, a dedicação ao trabalho tem sido senão prioridade, pela iminência do risco de perder o emprego, a única área em que há grande envolvimento.
Que fique claro, que a pandemia ou o home-office não são desencadeadores da Síndrome, mas sim um cenário bem propício para desenvolvê-la, por isso a relevância em prestar atenção nos sinais e, muito bem cabe aqui a frase: “Conhece-te a ti mesmo” – Sócrates.
Pessoas que têm dificuldade em desligar-se do trabalho, excedem na autocobrança, buscam incessantemente a perfeição, apresentam declarada dedicação ao trabalho e sentimento de menos valia por não ver congruência em dedicação x reconhecimento, podem estar acumulando excesso de trabalho; essas são as pessoas que resistem em delegar, com isso se sobrecarregam e, não via de regra, são mais ambiciosos. Do outro lado da gangorra temos as pessoas inseguras, por medo, fragilidade, dúvida, nunca dizem não, tornam-se devotas do trabalho, anulam os prazeres e tudo que não esteja relacionado ao emprego. Estes sim, fatores desencadeadores da Síndrome de Burnout.
Como disse Confúcio: “Escolha um trabalho que você ama e você nunca terá que trabalhar um dia na vida sequer”.
É sabido que essa escolha nem sempre é possível, mas trabalhar de maneira comedida sim; nem sempre é num primeiro momento que o trabalho que se ama lhe será apresentado, mas executar com profissionalismo pode gerar a descoberta de uma potencialidade a se amar; o que quero dizer é: - não se torne escravo do trabalho, pois assim a possibilidade de criar e desenvolver estacionará, e consequentemente o plano de carreira também. Pense em quem você quer ser como profissional e, a que preço. Não deixe para se questionar somente ao se perceber frustrado ou adoecido.
Manter um equilíbrio entre trabalho, família, lazer, vida social, é um dos caminhos para prevenir-se da Síndrome de Burnout; ter horário para o sono, para o descanso é outro caminho super indicado para a prevenção.
Prevenção é um assunto importante, assim como tratamento. Portanto, ao identificar que seus hábitos estão desajustados na relação que você tem com o trabalho ou ainda ouvir de pessoas do ciclo de convivência o quanto seus comportamentos sociais se modificaram em detrimento do trabalho, não ignore, reflita. Se a qualidade de vida declinou em razão do conjunto de sintomas citado acima, se parece enquadrar-se no perfil de workaholic, busque a ajuda de um profissional, busque avaliação e insira diversão em sua vida. Não se autodiagnostique, assim como não se automedique. O tratamento variavelmente pode englobar psicoterapia, medicamento e mudança na condição e rotina no trabalho.
Cuidem-se e até o mês que vem!
